O Super- Detergente

Nós vivemos no tempo do record, do máximo, do prestígio do campeão. Todo o vocabulário está cheio dos hiper ou dos super da propaganda comercial. Dizer que tal livro é o melhor de há 30 anos equivale a dizer que este é que é de facto um superdetergente. De resto, os agentes publicitários do material literário não pretenderão talvez enganar-nos. Eles sabem que sabemos que estamos no domínio do reclame. É uma actividade inocente como proclamarmos a excelência de um sabão. E é exactamente por isso que eles usam sempre números redondos. Nunca dizem, por exemplo, que este é o melhor livro de há 47 anos ou de há 23 anos e meio. Na realidade, eles não têm um ponto de referência para marcarem as datas. Falar em 30 ou 50 anos é como usar uma «numeração indeterminada», como se diz em retórica. Garção, ao dizer da Dido moribunda que «três vezes tenta erguer-se», não pretende convencer-nos de que estiveram lá a contá-las. Em todo o caso e de qualquer modo, dizer que este é o melhor livro de há 50 anos afecta as pessoas impressionáveis. Mas por isso mesmo é que existem as agências de publicidade. E ninguém vai pedir-lhes satisfações por reclamar um produto contra a calvície que nos deixou talvez ainda mais depilados. "

Vergílio Ferreira, in "Um Escritor Apresenta-se"

Consumismo Cego

A nossa vida é influenciada em grande medida pelos jornais. A publicidade é feita unicamente no interesse dos produtores e nunca dos consumidores. Por exemplo, convenceu-se o público de que o pão branco é superior ao pão escuro. A farinha, cada vez mais finamente peneirada, foi privada dos seus princípios mais úteis. Mas conserva-se melhor e o pão faz-se mais facilmente. Os moleiros e os padeiros ganham mais dinheiro. Os consumidores comem, sem o saber, um produto inferior. E em todos os países em que o pão é a parte principal da alimentação, as populações degeneram. Gastam-se enormes quantias na publicidade comercial. Assim, imensos produtos alimentares e farmacêuticos inúteis, e muitas vezes prejudiciais, tornaram-se uma necessidade para os homens civilizados. Deste modo, a avidez dos indivíduos suficientemente hábeis para orientar o gosto das massas populares para os produtos à venda desempenha um papel capital na nossa civilização.

Alexis Carrel, in 'O Homem esse Desconhecido

Consumo mundial de electricidade recua pela primeira vez desde 1945

O consumo mundial de electricidade vai recuar em 2009 pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, indica um estudo do observatório dos mercados da energia...


Sociedade do Desperdicio

Bem apartir de hoje,teremos um pensamento novo todas as semanas relacionado com o nosso tema, espero que gostem :).

Sociedade do Desperdício

Uma tentação imediata do nosso tempo é o desperdício. Não é só resultado duma invenção constante da oferta que leva ao apetite do consumo, como é, sobretudo, uma forma de aristocracia técnica. O tecnocrata, novo aristocrata da inteligência artificial, dos números e dos computadores, propõe uma sociedade de dissipação. Propõe-na na medida em que favorece os métodos de mai
maior rendimento e a rapina dos recursos naturais. As hormonas que fazem crescer uma vitela em três meses, as árvores que dão fruto três vezes por ano, tudo obriga a natureza a render mais. Para quê? Para que os alimentos se amontoem nas lixeiras e os desperdícios de cozinha ou de vestuário sirvam afinal para descrever o bluff da produtividade.

Agustina Bessa-Luís, in 'Dicionário Imperfeito

Direitos dos consumidores

Os direitos dos consumidores previstos no artigo 60º da Constituição da Républica Portuguesa,são:

  • Os consumidores têm direito á qualidade dos bens e serviços consumidos, á formação e á informação, á protecção da saúde, da segurança e dos seus interesses económicos, bem como a reparação de danos;

  • A publicidade é disciplina por lei, sendo proibidas todas as formas de publicidade oculta, indirecta ou dolosa.

  • As associações de consumidores e as cooperativas de consumo têm direito, nos termos da lei, ao apoio do Estado e a ser ouvidas sobre as questões que digam respeito á defesa dos consumidores, sendo-lhes reconhecida legitimidade processual para defesa dos seus associados ou de interesses colectivos ou difusos.

Dêem a vossa opiniao

Após o visionamento deste video para a sensibilização de um consumo responsável, coloco a seguinte questão :

Mas afinal o que nos leva ao consumismo ?





Dêêm as vossas opiniões : )

Consumo privado e confiança dos consumidores voltam a subir

"A economia portuguesa voltou a dar sinais de melhoras em Setembro, com os indicadores do consumo privado, confiança dos consumidores e actividade económica a continuarem a recuperação dos últimos meses, segundo os dados do Banco de Portugal."

O que pretendemos esclarecer com o nosso trabalho?

  • o que é, como evoluiu e como é actualmente a sociedade de consumo;
  • diferenças entre o consumo responsável e o consumo irresponsável( consumismo/consumerismo)
  • os factores que nos levam a consumir;
  • direitos e deveres dos consumidores;
  • relação consumo/ambiente;
  • consumo na adolescência;