Nós vivemos no tempo do record, do máximo, do prestígio do campeão. Todo o vocabulário está cheio dos hiper ou dos super da propaganda comercial. Dizer que tal livro é o melhor de há 30 anos equivale a dizer que este é que é de facto um superdetergente. De resto, os agentes publicitários do material literário não pretenderão talvez enganar-nos. Eles sabem que sabemos que estamos no domínio do reclame. É uma actividade inocente como proclamarmos a excelência de um sabão. E é exactamente por isso que eles usam sempre números redondos. Nunca dizem, por exemplo, que este é o melhor livro de há 47 anos ou de há 23 anos e meio. Na realidade, eles não têm um ponto de referência para marcarem as datas. Falar em 30 ou 50 anos é como usar uma «numeração indeterminada», como se diz em retórica. Garção, ao dizer da Dido moribunda que «três vezes tenta erguer-se», não pretende convencer-nos de que estiveram lá a contá-las. Em todo o caso e de qualquer modo, dizer que este é o melhor livro de há 50 anos afecta as pessoas impressionáveis. Mas por isso mesmo é que existem as agências de publicidade. E ninguém vai pedir-lhes satisfações por reclamar um produto contra a calvície que nos deixou talvez ainda mais depilados. "
Vergílio Ferreira, in "Um Escritor Apresenta-se"
O Super- Detergente
on segunda-feira, 30 de novembro de 2009
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Consumismo Cego
on sábado, 21 de novembro de 2009
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A nossa vida é influenciada em grande medida pelos jornais. A publicidade é feita unicamente no interesse dos produtores e nunca dos consumidores. Por exemplo, convenceu-se o público de que o pão branco é superior ao pão escuro. A farinha, cada vez mais finamente peneirada, foi privada dos seus princípios mais úteis. Mas conserva-se melhor e o pão faz-se mais facilmente. Os moleiros e os padeiros ganham mais dinheiro. Os consumidores comem, sem o saber, um produto inferior. E em todos os países em que o pão é a parte principal da alimentação, as populações degeneram. Gastam-se enormes quantias na publicidade comercial. Assim, imensos produtos alimentares e farmacêuticos inúteis, e muitas vezes prejudiciais, tornaram-se uma necessidade para os homens civilizados. Deste modo, a avidez dos indivíduos suficientemente hábeis para orientar o gosto das massas populares para os produtos à venda desempenha um papel capital na nossa civilização.
Alexis Carrel, in 'O Homem esse Desconhecido
Alexis Carrel, in 'O Homem esse Desconhecido
Consumo mundial de electricidade recua pela primeira vez desde 1945
O consumo mundial de electricidade vai recuar em 2009 pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, indica um estudo do observatório dos mercados da energia...
Sociedade do Desperdicio
on sábado, 14 de novembro de 2009
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Bem apartir de hoje,teremos um pensamento novo todas as semanas relacionado com o nosso tema, espero que gostem :).
Sociedade do Desperdício
Uma tentação imediata do nosso tempo é o desperdício. Não é só resultado duma invenção constante da oferta que leva ao apetite do consumo, como é, sobretudo, uma forma de aristocracia técnica. O tecnocrata, novo aristocrata da inteligência artificial, dos números e dos computadores, propõe uma sociedade de dissipação. Propõe-na na medida em que favorece os métodos de mai
maior rendimento e a rapina dos recursos naturais. As hormonas que fazem crescer uma vitela em três meses, as árvores que dão fruto três vezes por ano, tudo obriga a natureza a render mais. Para quê? Para que os alimentos se amontoem nas lixeiras e os desperdícios de cozinha ou de vestuário sirvam afinal para descrever o bluff da produtividade.
Agustina Bessa-Luís, in 'Dicionário Imperfeito
Direitos dos consumidores
on quarta-feira, 11 de novembro de 2009
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Os direitos dos consumidores previstos no artigo 60º da Constituição da Républica Portuguesa,são:
- Os consumidores têm direito á qualidade dos bens e serviços consumidos, á formação e á informação, á protecção da saúde, da segurança e dos seus interesses económicos, bem como a reparação de danos;
- A publicidade é disciplina por lei, sendo proibidas todas as formas de publicidade oculta, indirecta ou dolosa.
- As associações de consumidores e as cooperativas de consumo têm direito, nos termos da lei, ao apoio do Estado e a ser ouvidas sobre as questões que digam respeito á defesa dos consumidores, sendo-lhes reconhecida legitimidade processual para defesa dos seus associados ou de interesses colectivos ou difusos.
Dêem a vossa opiniao
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Após o visionamento deste video para a sensibilização de um consumo responsável, coloco a seguinte questão :
Mas afinal o que nos leva ao consumismo ?
Dêêm as vossas opiniões : )
Consumo privado e confiança dos consumidores voltam a subir
"A economia portuguesa voltou a dar sinais de melhoras em Setembro, com os indicadores do consumo privado, confiança dos consumidores e actividade económica a continuarem a recuperação dos últimos meses, segundo os dados do Banco de Portugal."
O que pretendemos esclarecer com o nosso trabalho?
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- o que é, como evoluiu e como é actualmente a sociedade de consumo;
- diferenças entre o consumo responsável e o consumo irresponsável( consumismo/consumerismo)
- os factores que nos levam a consumir;
- direitos e deveres dos consumidores;
- relação consumo/ambiente;
- consumo na adolescência;